Sunday, March 26, 2006

Totalmente insconsciente do que é um blog. Experiencia de leitura em segunda mão, falado, contado o que se viu escrito neste ou naquele em horas vagas, todos falam dos blogs. Não há conceito mais desinteressante que o blog, dito isto, fazer um só pode ser uma total afirmação de contrasenso ou um profundo desejo de mergulho na mediania? Nota acrescentada por Fernando Bolivar aquando da revisão do texto (N. do B.?)

O motivo pelo qual me junto ao mundo daqueles que se adoram ler é claro. Também eu me adoro ler, mas acima de tudo, Para que todos parem de falar de blogs. No more loud Blogs. No more blogs de todo. Para eliminar um conceito que, à partida, me parece desinteressante, simplesmente começar a escrever um, para que não sobre pedra sobre pedra. Tarefa falhada, ou alguém acredita que o Comunismo acabou porque cairam umas quantas pedras em Berlim? (N.B., 27/3/2006)

Por isso, porque não compreendo o que leva uma pessoa a perder horas e horas a divagar por blogs alheios a ler o que escrevem outros, procurando ideias que possam plagiar, ganhando vicios de mestrados feitos em Universidades Portuguesas (N.B., 27/3/2006) copiando um pouco, sedimentando algumas das ideias encontradas (aqueles que são mais corajosos e se atrevem a fazê-lo) escolhi um tema, uma tematica apenas, as minhas conversas com, e sobre, Fernando Bolivar. Porque Fernando Bolivar era aquele que só tinha conversas sobre si mesmo, encerrava em si, todo o universo numa supra-universalidade que se tornava mundana sic! (N.B. 27/3/2006). Caminhava connosco, poderá ter passado por qualquer um de nós nas ruas de Lisboa, sem o conhecermos, não damos por ele. Mas aqueles que o conhecem, esses, têm a tristeza de ter conhecido alguem assim. Eu hoje odeio-me mais porque um dia conheci esse homem, sentei-me com ele horas à conversa em que ele desfiava o seu mundo sem ser em qualquer discurso coerente, apenas atirava ideias para o ar, as quais ele tinha, moldava e construia sem se preocupar minimamente com construir, a partir delas, uma mensagem coerente ao receptor note-se que para Bolivar, é mentira pensar que não existe receptor, não existe contudo, mensagem objectiva. Esse o fundamento com que inicialmente escrevi monologo a dois (N.B. 27/3/2006).

Tentei juntar peças de Bolivar, momentos do que ele me dizia, a minha vida está cheia de recortes dele, fotografias dele, desenhos de guardanapo e k7’s gravadas por ele. Impressionante a maneira como ele se amava, de tudo, ele deu fragmentos ao mundo, desses fragmentos, guardo meras peças. Assim, decidi fazer um blog, destruir a ideia de blogs. Como podia escrever qualquer coisa e nenhuma interessava de forma construtiva, decidi trazer pedaços de Bolivar. Nunca entenderemos realmente Bolivar. Porque nunca foi esse o objectivo. Cá para mim esta coisa é uma grande asneira! (N. B. 27/3/2006)

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